Com a recuperação ativa que o mercado de viagens e turismo vem apresentando, a Visa (NYSE: V) em colaboração com a Ipsos, apresentou no mês de novembro um relatório (Tendências emergentes de viagens) com grandes análises dos comportamentos dos novos viajantes e estimativas para 2024.
Um dos pontos mais notáveis é a democratização das viagens internacionais, não mais restritas para a alta elite, mas sim para o alcance de mais consumidores. O planejamento e a economia são fundamentais, com a maioria dos viajantes reservando de três a seis meses para preparar suas aventuras.
Motivações das viagens: a pesquisa revela que as motivações são diversas. Cerca de 28% dos entrevistados buscam experiências novas e exóticas. Outros 27% priorizam a criação de memórias com familiares ou companheiros de viagem. Já 25% veem as viagens como uma oportunidade de recarregar as energias, desafiando-se a sair da zona de conforto, vivendo aventuras únicas e por recompensas.
Preferências: os destinos variam desde viagens relaxantes até expedições culturais e visitas familiares. Os Estados Unidos atraem os mexicanos e dominicanos, enquanto sul-americanos, especialmente argentinos, chilenos e peruanos, preferem explorar o próprio continente.
Evidências: a influência da tecnologia na decisão de viagem é evidente, com ferramentas de busca, mídias sociais e influenciadores desempenhando papéis cruciais. Agências de viagem, sites de companhias aéreas, sites de hotéis e Instagram são os cinco principais pontos de contato para a busca de ideias, destacando a importância da presença digital na indústria de viagens.
IA: A Inteligência Artificial também revolucionou o turismo, proporcionando atendimento personalizado, análise de dados e ofertas customizadas, não apenas otimizando operações, mas também elevando a satisfação do cliente, tornando-se um diferencial competitivo essencial no mercado contemporâneo.
Controle financeiro: o orçamento continua sendo o ponto forte para os viajantes da LAC, com 53% estabelecendo um limite médio. A pandemia de Covid-19 influenciou a mentalidade financeira, tornando os viajantes mais cautelosos. Cerca de 80% das despesas são pagas antes ou durante a viagem, enquanto 19% são adiadas para o pós-viagem.
Segmentação: o relatório destaca segmentos distintos de viajantes com base em suas atitudes em relação ao orçamento. Os argentinos, por exemplo, estão no grupo dos “preocupados”, temendo os efeitos da inflação e da taxa de câmbio. Outros países, como Chile, Colômbia, Equador, Guatemala, Peru, Porto Rico e República Dominicana, são classificados no grupo dos “organizados”, demonstrando cautela no planejamento financeiro. Já brasileiros, mexicanos e panamenhos estão no grupo dos “flexíveis”, planejando, mas permitindo despesas extras.
Preferências de pagamento: em relação aos meios de pagamento, 41% dos entrevistados preferem o cartão de crédito, valorizando a facilidade, segurança e controle de gastos que ele oferece. Os cartões de crédito são amplamente utilizados para despesas relacionadas a viagens e trazendo diversas recompensas.
Em resumo, o relatório oferece uma visão das tendências emergentes de viagens, facilitando a criação de ofertas e soluções personalizadas à medida que a indústria se recupera.
